Murais Marinhos: Tubarão-Baleia

Capa: Tubarão Baleia. Créditos: (c) sea-kangaroo, Licença CC-BY-NC-ND. Portal Inaturalist.

Coleção: Artivismo Oceânico: Murais Marinhos.

Tiburón Ballena (Tubarão Baleia), 2014, por Tatiana Suarez, EUA.

Vamos conhecer e mergulhar no Mural Tubarão Baleia apresentado pelo Projeto Sea Walls. O mural foi desenvolvido por Tatiana Suarez.

Apresentamos abaixo uma pequena biografia da artista e também a apresentação do mural feita pelo projeto Sea Walls em sua série de cadernos para colorir dos murais selecionados nos oito anos do projeto.

Página do Mural Tiburón Ballena do site oficial do Sea Walls.

Veja a página do mural no site da Sea Walls, clicando acima.

A artista

O mural Tubarão-Baleia foi criado pela artista americana Tatiana Suarez, em 2014, na cidade de Isla Mujeres, localizada no México.

Nascida e criada em Miami, Tatiana logo tornou-se referência no mundo do surrealismo pop e muralismo após receber seu diploma pela Universidade de Miami em 2005.

Suas obras, tanto em telas quanto em paredes, apresentam símbolos da sua herança brasileira e salvadorenha levando você a um mundo surreal.

Ao unir o belo, o exótico e o assustador, Suarez cria narrativas encantadoras em sua arte.

A mitologia natural e o folclore, trazidos como referências pela cultura de seus pais, influenciam no seu trabalho, desde a pintura facial indígena e adornos usados ​​até as ricas paletas de cores tropicais da paisagem sul-americana.

Já exibiu sua arte em diversas galerias como a Spoke Art localizada na cidade de São Francisco nos Estados Unidos e na galeia Corey Helford Gallery em Los Angeles.

Ela já colaborou com marcas como L’Oreal, Reebok, Secret Deodorant, Olukai, Jansport e Becks. Suarez também pintou murais extensos, deixando sua marca em diversas localidades, tais como: Okinawa, Havaí, Detroit, Texas, Los Angeles, São Francisco, Cincinnati, México, Suécia e as prestigiosas paredes de Wynwood em Miami.

Veja a produção de murais e obras de Tatiana Suarez em suas redes sociais:

Tema do mural: Preservação do Tubarão-Baleia

As primeiras evidências fósseis de tubarões ou de seus ancestrais são algumas escalas que datam de 450 milhões de anos atrás, durante o período ordoviciano tardio.

Os primeiros tubarões reconhecíveis apareceram no oceano há cerca de 380 milhões de anos, mais de 150 milhões de anos antes dos primeiros dinossauros tomarem a terra.

A maioria dos tubarões modernos que vemos hoje apareceu pela primeira vez há cerca de 100 milhões de anos.

Em comparação, os primeiros humanos evoluíram apenas há cerca de 200.000 de anos.

Para conhecer mais detalhes dessa história na linha do tempo dos tubarões do Natural History Museum, clique aqui.

Como um dos principais predadores oceânicos, os tubarões desempenham um papel importante na rede alimentar e ajudam a garantir o equilíbrio no ecossistema do oceano.

No entanto, todos os anos, mais de 100 milhões de tubarões são mortos em todo o mundo para satisfazer o comércio global de barbatanas de tubarão. Apesar da demanda pelas barbatanas de tubarões vir principalmente dos mercados asiáticos, praticamente todos os países com litoral têm uma pesca de tubarões que alimentando essa demanda.

A sobrepesca reduziu muitas populações de tubarões ao redor do mundo a níveis que ameaçam sua continuidade. O número de tubarões caiu mais de 80% em muitos casos. Os tubarões representam agora a maior porcentagem de espécies marinhas ameaçadas na Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza, IUCN.

Fonte: Creative Coloring, SeaWalls. Pangeaseed Foundation.

Tome uma atitude!

Ajude a conservar as populações de tubarões da seguinte forma:

 Não coma tubarão e incentive sua família a escolher frutos do mar sustentáveis que não levem a captura acidental de tubarões.

Se você tem um cão ou um gato, certifique-se de que sua comida não contenha carne de tubarão, que muitas vezes é listada como “peixe branco”.

Se sua cidade, município ou estado ainda permitir a importação, venda e comércio de barbatanas de tubarão, escreva uma carta aos seus representantes dizendo-lhes para ajudar a salvar os tubarões de nosso oceano.

Fonte: Creative Coloring, SeaWalls. Pangeaseed Foundation.

Declaração da Artista

Meu mural tem como objetivo expressar a conexão entre os seres humanos e a natureza, com foco na vida marinha carismática, destacando os tubarões-baleia.

Esses gentis gigantes, assim como outras espécies de tubarões, são fundamentais para manter o equilíbrio do delicado ecossistema oceânico e, apesar disso, atualmente, estão ameaçados pelas atividades humanas.

O mural reflete a simbiose que existe entre os seres humanos e a vida marinha; moldando o invisível, mas não o elo intangível que temos com esses mundos subaquáticos.

Tatiana Suarez

Fonte: Creative Coloring, SeaWalls. Pangeaseed Foundation.

Conheça mais sobre o Tubarão Baleia acompanhando o Projeto da Google Um Novo Rumo para os Tubarões Baleia, clicando aqui.

Alguns tubarões do litoral brasileiro

Conheça algumas das espécies que navegam no litoral brasileiro:

  • Tubarão azul (Prionace glauca) – O azulado tubarão é conhecido como Tubarão Tintureira, é comum em toda a costa brasileira. Habita áreas profundas e prefere águas mais frias, migrando grandes distâncias . Seu tamanho chega a 3,8 metros. É uma espécie oceânica, alimentando-se preferencialmente de lulas. É listado como quase ameaçado pela IUCN.
Tubarão Azul. (c) Erik Schlogl. Acervo Inaturalist. Licença CC BY-NC-4.0.
  • Tubarão baleia (Rhiniodon typus) – O belo tubarão malhado com pontinhos brancos é comum no Norte e Nordeste. Pode medir 18 metros de comprimento. É o maior tubarão que existe. É uma espécie, oceânica, alimentando-se apenas de plâncton. Apesar do tamanho, é inofensivo ao homem. É considerado ameaçado de extinção (Lista Vermelha da IUCN).
Tubarão Baleia. (c) Erik Schlogl, acervo Inaturalist. Licença CC BY-NC-4.0.
  • Tubarão cabeça-chata (Carcharhinus leucas) – conhecido como Tubarão Buldogue, é comum em toda a costa brasileira. Mede até 3,5 metros, vive próximo às zonas de estuário. Há registros desses animais no rio Amazonas. É listado como quase ameaçado pela IUCN.
Tubarão Buldogue. (c) Angel Gael Mendoza Cuytun, acervo Inaturalist. Licença CC-BY-NC-4.0.
  • Tubarão galha branca oceânico (Carcharhinus maou) – O Tubarão de Pontas Brancas, assim como o tubarão azul, é comum em todo o Brasil. Atinge 4 metros de comprimento, alimentando-se de pequenos peixes de alto-mar. É considerado perigoso, mas são raros os casos de ataque, sendo mais frequente um comportamento de indiferença ao ser humano.
Tubarão Pontas Brancas oceânico, acompanhado de peixes Naucrates ductor. (c) Thomas Ehrensperger. In Wikimedia Commons. Licença GFDL (CC-BY-SA-3.0) .
  • Tubarão galha preta (Carcharhinus limbatus) – Conhecido como Tubarão de Pontas Negras, é comum no Norte e Nordeste do Brasil. Mede 2,5 metros. Vive em águas temperadas tropicais. Alimenta-se de peixes pequenos e de invertebrados. Veja fotos de observações do Pontas Negras no site do Inaturalist.
Tubarão de Pontas Pretas. (c) Marisa Agarwal, acervo de observações Inaturalist. Licença CC-BY-NC-4.0.
  • Tubarão lixa (Ginglymostoma cirratum) – Conhecido como Tubarão Dormedor, ocorre em toda a costa brasileira. Chega a medir 4,3 metros. Vive próximo ao fundo do mar, alimentando-se de invertebrados. É uma espécie considerada inofensiva ao homem. Não possui dentes afiados como a maioria dos tubarões.
Tubarão Dormedor. (c) Dennis Rabeling, acervo Observações do Inaturalist. Licença CC-BY-NC-ND-4.0.
  • Tubarão mako-cavala (Isurus oxyrinchus) – Conhecido como Tubarão Anequim, ocorre em toda a costa brasileira. Mede 4 metros de comprimento, possui excelente habilidade para nadar, é uma espécie oceânica, alimentando-se de peixes de alto-mar e de outros tubarões.
Tubarão Anequim. (c) Oscar Thomas, acervo de observações Inaturalist. Licença CC-BY-NC-ND-4.0.
  • Tubarão martelo (Sphyrna lewini) – É comum em toda a costa brasileira. Atinge 4,2 metros de comprimento. Sua cabeça possui formato curioso que lhe dá o nome de martelo: são duas laterais proeminentes na cabeça, onde localiza seus olhos. Alimenta-se de animais escondidos na areia do fundo do mar. É considerada uma espécie semi-oceânica.
Tubarão martelo. (c) Gina, acervo de Observações Inaturalist. Licença CC-BY-NC-4.0.
  • Tubarão-Raposo (Alopias vulpinus) – É uma espécie comum nas águas tropicais do litoral brasileiro. Chega a medir 5,50 metros. Possui uma cauda curiosa, que mede o mesmo tamanho do seu corpo. Alimenta-se de outros peixes comuns em alto-mar.
Tubarão-Raposo. (c) charmanderson, acervo de observações Inaturalist. Licença CC-BY-NC-4.0.
  • Tubarão-Tigre (Galeocerdo cuvier) – Ocorre em toda a costa brasileira. Pode atingir 9 metros. Vive em águas tropicais, alimentando-se tanto de peixes quanto de invertebrados.
Tubarão-Tigre. (c) Lewis Burnett. Observações no Portal Inaturalist. Licença CC-BY-NC-4.0.

Pôster para Colorir

Volumes para colorir (em inglês)

Acesse os 8 volumes com informações de 40 murais para colorir do projeto Sea Walls.

  • Um grupo de artistas em Boston também criou um caderno para colorir com os murais criados por artistas locais da cidade. Acesse em Save Our Seas, Boston, 2021, volume 1.

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