Leeuwenhoek: Os primeiros anos
Fonte: Lens on Leeuwenhoek, Douglas Anderson.
- Leeuwenhoek: Cartas e Descobertas, 1673.
- Leeuwenhoek: Descobertas Inacreditáveis, 1674.
- Leeuwenhoek: um ano de muitas observações, 1675.
- Leeuwenhoek: Descobri Criaturas Vivas, 1676.
- Leeuwenhoek: Experimentos no Mundo Microscópico, maio, 1676.
- Leeuwenhoek: O Ano das Confirmações: As criaturas minúsculas existem? 1677.
- Leeuwenhoek: Hooke confirma os “pequenos animais”, 1677.
Em mais uma carta inédita a Oldenburg, datada de 29 de maio (23 de maio), Leeuwenhoek responde à resposta de Grew, que não seria publicada até meados do verão. A carta inicia da seguinte maneira:
Recebi sua honrada carta de 4 maio em boa ordem, com a qual descobri que minhas observações sobre o cabelo concordam o suficiente com as do Sr. Hooke sobre o mesmo assunto, o que me agradou muito. E também que você comunicou minhas observações simples estabelecidas em minha carta de 21 de abril a Doctor Grew; Agradeço a este cavalheiro por se lembrar de mim; por favor, dê ao cavalheiro citado meus comprimentos, e diga a ele que …
O que se segue é um longo e respeitoso relato, ponto a ponto, de onde eles discordavam e onde eles concordavam. Olhando para trás, podemos ver que cada um estava certo em algum ponto, e cada um estava errado sobre os outros.
Assim, a carta de Oldenburg em 4 de maio deve ter contido uma cópia ou pelo menos um resumo detalhado da resposta dos Grew, que em si não foi publicada até meses depois, sem qualquer contra-resposta à carta de 29 de maio de Leeuwenhoek. O aviso de Oldenburg para Leeuwenhoek é outro exemplo da formação de normas acadêmicas da comunidade científica.
Ele levou três semanas para responder, durante as quais ele começou suas observações diárias de criaturas vivas na água. Ele também estava conduzindo os experimentos que ele contaria em sua carta a Boyle em julho.
Neste ponto, apenas três das dezenas de cartas anteriores de Leeuwenhoek haviam sido publicadas. As cartas para ele de Oldenburg não sobreviveram, mas podemos ver pelas cartas que ele estava ansioso para envolver outros cientistas e disposto a mudar suas ideias. Em outras palavras, ele estava aberto à revisão de seus pares.
Também podemos imaginar como ele ponderou o fato de que durante dois anos, a maioria de suas observações interessantes não tinha sido publicada e, até onde ele sabia, permaneceriam para sempre enterradas empilhadas na mesa de Henry Oldenburg. Na verdade, iriam esperar mais 250 anos antes de serem publicadas, em 1930.
Experimentos iniciados em maio
| Infusão | Preparação | Início | Fim | Duração |
| Gengibre | pedaços de gengibre batidos em água de neve na xícara de chá | 6 de maio | 12 de junho | 5 semanas |
| Cravo | 36 cravos em 21 oz de água da chuva sem animais | 17 de maio | 19 de setembro | 18 semanas |
| Chuva2 | chuva retirada de telhado de ardósia em calhas de chumbo em vidro | 26 de maio | ||
| Chuva3 | 26 de maio | 31 de maio | 5 dias | |
| Pimenta3 | 1/3 oz de pimenta inteira batida em xícara de chá com 2 1/2 oz água da chuva, adicionado água de Pimenta2 | 26 de maio | 12 de junho | 3 semanas |
Observações em maio
Leeuvenhoeck relata cuidadosamente todas as suas observações, inclusive as infusões em que não observou nada. Abaixo listamos apenas aquelas em que ele conseguiu observar as diminutas criaturas vivas. Graças às suas descrições detalhadas e meticulosas e ilustrações, podemos identificar modernamente os seres microscópicos observados neste mês fabuloso.
| Data | Infusão | Descobertas | Quantidade | Notas |
| 6, 7 de maio | Pimenta2 (após 3 dias sem observar nada, e acrescentando água de neve) | bacilli | muitos | |
| 10 de maio | Pimenta2 | nada | Adicionou água de neve | |
| 13,14 maio | Pimenta2 | pequenos animais, como antes | ||
| 14 de maio | Gengibre | observações diárias sem nenhuma criatura | ||
| 18 de maio | Pimenta 2 | nada | água de neve adicionada | |
| 23 de maio | Pimenta 2 | pequenos animais como antes, Colpidium, colpoda | ||
| 24 de maio | Pimenta 2 | Colpidium | números muito maiores; milhares em uma gota | |
| 25 de maio | Pimenta 2 | Colpidium, bactérias | ainda mais | |
| 26 de maio | Chuva 2 | ciliados | viu-os imediatamente e perguntou se eles não poderiam ter sido criados nas calhas de chumbo | |
| 26 de maio | Chuva 3 | partículas irregulares terrosas | portanto, nenhuma partícula terrena foi espirrada no prato pela queda da chuva naquele local | |
| 26 de maio | Pimenta 2 | Colpidium | 6 ou 8.000 em uma gota | |
| 26 de maio | Pimenta 2 | sem Colpidium, mas vorticellas | ||
| 27 de maio | Pimenta 2 | sem animalículos muito pequenos, mas vorticellas | número maior | |
| 28 de maio | Pimenta 2 | idem | poucos | |
| 29 de maio | Gengibre | Após muitas observações diárias, finalmente algum ciclídios | ||
| 30 de maio | Chuva 3 | Monas | muito poucos | |
| 30 de maio | Pimenta 2 | idem | menos | água de neve adicionada |
| 30 de maio | Gengibre | Bobo | 25 vezes mais | |
| 31 de maio | Chuva 3 | pequenos animais | mais | |
| 31 de maio | Gengibre | surgiram pequenos animais | bem maior, vários milhares em uma gota |
Obs.: A água de neve decantada no verão era a água mais pura disponível.
Fonte: Traduzido e adaptado de Experimentos de Maio, 1676, https://lensonleeuwenhoek.net/content/april-1676