Pedagogia museal: contação de histórias

Capa: Beatrice Birra vestida com roupas tradicionais africanas conta histórias para uma plateia de crianças no Museu Nacional de Arte Africana. 2005. Anthony Cross. Wikipédia. Licença Dedicação ao Domínio Público.

Texto integrante da Coleção Pedagogia Museal.

Education Toolkit: Methods & Techniques From Museum And Heritage Education

Arja van Veldhuizen

CECA / ICOM – International Committee for Education and Cultural Action

LCM – LANDELIJK CONTACT VAN MUSEUMCONSULENTEN, https://museumconsulenten.nl/

ERFGOEDHUIS ZUID-HOLLAND – https://www.erfgoedhuis-zh.nl/

Link para download (CECA): https://ceca.mini.icom.museum/wp-content/uploads/sites/5/2018/12/2017-10-08_Education_toolkit_-_e-book_EN.pdf

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

… envolver os visitantes em histórias e, assim, aumentar o envolvimento/engajamento emocional.

EXPLICAÇÃO

Contar histórias e dar sentido ao patrimônio e acervo material ou imaterial.

VARIAÇÕES
  • Ler em voz alta.
  • Leitura como parte de um tour interativo.
  • Os visitantes terminam a história por si mesmos: o que teria acontecido a seguir?
  • Os visitantes escrevem histórias sobre um tema que se encaixa com a organização do patrimônio e as histórias são publicadas (possivelmente como um concurso ou produção participativa).
  • Contação de histórias teatrais (ver: Teatro / improvisação / dança).

POSSÍVEIS GRUPOS-ALVO

Muitas vezes, feito com crianças (mais novas), mas um bom narrador pode se envolver com todas as idades.

VANTAGENS
  • Fácil de executar em muitos lugares e situações e você pode colocar seu próprio giro/toque pessoal sobre ele como um narrador.
  • Sentir-se relativamente seguro para fazer porque o narrador não tem nenhum papel a desempenhar.
  • A narrativa em si não custa nada (mas criar as histórias leva tempo e dinheiro quando a escrita é terceirizada).
  • Pode causar uma grande impressão que dura muito tempo.
  • Os visitantes se lembram das coisas por mais tempo se estiverem apegados a histórias.
  • Atenção aos aspectos imateriais do património (opiniões, emoções, conflitos, etc.).

DESVANTAGENS
  • Nem todo mundo é um contador de histórias natural.
  • Nem todo mundo é um bom ouvinte, alguma calma e concentração são necessárias.

QUANDO USAR
  • Dar vida a uma situação e sentir as histórias/emoções por detrás do patrimônio/acervo.
  • Quando o teatro é ambicioso demais e está fora das possibilidades.

FATORES DE SUCESSO
  • Uma boa história: não muito longa, com um bom arco de história, de preferência com tensão e/ou uma reviravolta surpreendente.
  • Uma boa ligação com o tema da organização do patrimônio/acervo; aumentar o engajamento com o patrimônio para que ele se torne mais significativo.
  • É uma elemento motivador para incentivar a procura para que os visitantes realmente queiram ver as coisas da história depois.

EXEMPLOS
  • Contar uma história emocionante que dá vida a um lugar, como a vida a bordo dos navios da Dutch East India (Índias Orientais Holandesas) enquanto estiver sentado a bordo do ‘Amsterdam’, uma réplica do século XVIII de um ‘East Indiaman’ no Dutch National Maritime Museum (Museu Marítimo Nacional Holandês).
  • Ler um livro infantil histórico sobre algo relevante para o tema, ou talvez algo que esteja realmente acontecendo no local do patrimônio/acervo.
  • Há muitos bons livros infantis históricos. Um autor infantil também pode escrever uma história para a sua localização.
  • Usar histórias em uma aula pré-visita na escola como uma entrada para o tema e para estimular a curiosidade e iniciar o conhecimento interno.
  • Colaborar com bibliotecas públicas para promover a leitura.

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