Como um espaço de divulgação científica, no ano de 2022, o Espaço Ciência Viva planejou e executou ações vinculadas à Agenda 2030 que visam buscar o desenvolvimento sustentável, a melhoria da saúde, a luta contra as alterações climáticas e a equidade de gênero em todos os níveis.
A partir dessa perspectiva, surge o programa “Elas no Ciência Viva”, um programa de extensão subdividido em áreas que abarcam a promoção de ações pautadas na diversidade e representatividade de gênero que reivindicam a equidade política, jurídica e social entre homens e mulheres.
Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (“STEAM”) são carreiras que se tornam cada vez mais importantes, face ao papel que desenvolvem para o avanço da sociedade moderna. Porém, apesar de a sociedade ter obtido vasto progresso na esfera tecnológica, na esfera social, impera o machismo estrutural, a misógina e o preconceito.
María Sánchez Munilla (A ausência de mulheres nas carreiras STEM: um problema social e de género, 2018), afirma que poucas mulheres decidem prosseguir estudos neste âmbito e alega que fatores como autoestima, estereótipos internalizados e assimilação dos papéis de gênero ganham força em larga escala para o obscurantismo científico de mulheres nessas áreas.
Nesse contexto, o programa Elas no Ciência Viva visa:
- Percorrer os caminhos que permeiam as descobertas científicas de maneira contextualizada e mais integrada;
- Proporcionar uma formação crítica e social quanto à construção do conhecimento científico;
- Fomentar o interesse nas áreas STEAM de estudantes negres, indígenes, quilomboles, travestis e trans femininas da rede de Educação Básica.
- Aproximar o conhecimento científico da realidade cotidiana dos ouvintes/educandos/visitantes;
- Promover atividades experimentais e investigativas fundamentadas no conhecimento e processos científicos;
- Divulgar o papel de mulheres cientistas com o aporte teórico da História Cultural da Ciência e, ampliar o público feminino atingido pelo programa, por meio de ações de divulgação científica desenvolvidas com outros projetos de extensão.
a abordagem historiográfica denominada História da Ciência Cultural pode ser um caminho para a inserção de questões em torno às práticas científicas, com vistas a uma educação científica que pretenda a formação cidadã para questões de cunho público, voltadas ao bem-estar social.
Moura, C. B. de, & Guerra, A. (2016). História Cultural da Ciência: Um Caminho Possível para a Discussão sobre as Práticas Científicas no Ensino de Ciências?
Áreas de Conhecimento
O programa integra diferentes áreas científicas e profissionais de diferentes campos de conhecimento, envolvendo estudantes, educadores e pesquisadores. A equipe tem como responsáveis os seguintes coordenadores:
Paleontologia Meteorítica | Joyce Fadelle Bruna Mayato |
Biologia | Gabriela Bevilacqua Mariana de Souza Elysio |
Química | Eleonora Kurtenbach Mariana de Souza Lima Débora Paulo Barreira |
Astronomia, Matemática, Física | Paulo Henrique Colonese Mariana de Souza Lima Julia Canario dos Anjos Bruna Mayato |
Comunicação | Aline Nery |
Projetos e Parcerias
O programa Elas no Ciência Viva se articula com diferentes projetos de extensão e iniciação científica – inseridos no programa. Dentre eles:
- Projeto: “A Ciência compreendida e divulgada por meninas”. Em parceria com o Colégio Pedro II, coordenado pela Profa. Dra. Gabriela Dias Bevilacqua, docente do Colégio Pedro II e coordenadora pedagógica do Espaço Ciência Viva.
- Projeto: Oficinas e estratégias de divulgação da temática “Mulheres e a Cultura Oceânica” com abordagem interativa e contextualizada. Em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro , coordenado pela Profa. Roseantony Rodrigues Bouhid, docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro e colaboradora do Espaço Ciência Viva.
O que nossos meninos tem a dizer sobre a dificuldade encontrada por mulheres para seguir carreira nas STEAM?
“Nossa sociedade atual é fruto de uma cultura extremamente machista e patriarcal, apesar de termos, com muita luta, nos despido de grande parte desses dogmas. Assim como um filho carrega consigo características de seus pais carregamos de forma enraizada boa parte desses preceitos. A mulher não possui facilidade de entrar em um mercado de trabalho ou faculdade, por exemplo, pois ainda é muito atribuída a figura da mulher como doméstica e serviçal de seus maridos.”
Respeitar, Inspirar, Participar
Nessa perspectiva, que tal uma nuvem de palavras sobre como todes os envolvidos no programa acreditam ser possível promover uma interlocução mais eficaz para o aumento e permanência de mulheres em carreiras STEAM.
Junte-se a Nós nessa Jornada
Membres do programa Elas no Ciência Viva reunides após encontro sobre O Mar Oculto da Amazônia.
Coordenadores
Mariana de Souza Lima (Coordenadora geral do programa)
Profa. Dra. Gabriela Dias Bevilacqua (Coordenadora do projeto “A Ciência compreendida e divulgada por meninas”.
Profa. Dra. Roseantony Rodrigues Bouhid (Coordenadora do Projeto: Oficinas e estratégias de divulgação da temática “Mulheres e a Cultura Oceânica” com abordagem interativa e contextualizada).
Profa. Dra. Eleonora Kurtenbach. (Presidenta do Espaço Ciência Viva).
Mst. Paulo Henrique Colonese (Secretário geral do Espaço Ciência Viva).
a
Aline Silva Dejosi Nery, Coordenadora Comunicação Social Espaço Ciência Viva.
Julia Canario dos Anjos
Joyce Fadelli