Estampas CiênciArte: Cactos

Capa: Estampa Cactos de Alicia Ivanissevich. Alicita estampas. Licença CC-BY-NC-ND-4.0.

Coleção Estampas CiênciArte é uma coletânea mensal de estampas com temáticas científicas, expressando as relações ou conexões entre Ciência e Arte. A coleção tem como fio condutor as estampas criadas pela artista plástica Alicia Ivanissevich que brindou, ao Espaço Ciência Viva e a educadores, algumas de sua bela coleção de estampas científicas para uso não comercial.

Alicia com os produtos criados com as Estampas Alicita.

Estampa Cactos

Estampa Cactos em fundo salmão. Alicitá Estampas. Licença CC-BY-NC-SA-4.0.

Os Cactos

A palavra “cacto” é derivada do latim do grego antigo κάκτος ( kaktos ), um nome usado por Teofrasto (371-287 a.C.), sucessor de Aristóteles na Escola Peripatética.  Ele usou o termo para nomear uma planta espinhosa,  que pode ter sido o cardo (Cynara cardunculus).

Seus dois trabalhos botânicos sobreviventes, Investigando as Plantas (Historia Plantarum) e Sobre as Causas das Plantas, foram uma influência importante na Ciência do Renascimento.

Os cactos formam uma família botânica de arbustos, árvores, ervas, lianas e subarbustos com cerca de 1.800 espécies identificadas.

Os ramos longos, geralmente suculentos e alguns até comestíveis, produzem folhas fotossintéticas e os caules curtos produzem folhas modificadas em espinhos ou conjunto deles; com frutos tipo baga.

As belíssimas flores dos cactos são grandes, sendo que muitas espécies apresentam floração noturna pois são polinizadas por insetos ou pequenos animais noturnos, principalmente mariposas e morcegos.

São frequentemente usados como plantas ornamentais e alguns na agricultura. São plantas pouco usuais, adaptadas a ambientes extremamente quentes ou áridos, apresentando ampla variação anatômica e capacidade fisiológica de conservar água. Os cactos existem em ampla variação de formatos e tamanhos.

O mais alto é o Cacto Gigante Mexicano (Pachycereus pringlei) cuja altura máxima registrada foi 19,20 metros.

Cacto Gigante do México (Pachycereus pringlei). (c) Erik (e-meling). Acervo iNaturalist. Licença CC-BY-NC-4.0.

E o menor é Blossfeldia liliputiana, quando adulta medindo cerca de onze milímetros de diâmetro. É uma espécie da América do Sul (original da Argentina e Bolívia). Seu nome científico faz referência ao clássico livro As Aventuras de Gulliver (Viagens a diversos países remotos do mundo, em quatro partes, por Lemuel Gulliver, a princípio cirurgião e mais tarde capitão de vários navios, de Jonathan Swift, 1726) que faz referência ao país fictício de Lilliput, onde todos os habitantes são pequeninos.

Cacto de Lilliput (Blossfeldia liliputana). (c) Martin Lowry (mrtnlowr). Acervo iNaturalist. Licença CC-BY-NC-4.0.

Artistas Apaixonados por Cactos

A beleza e surpreendente gama de formas e cores dos Cactos é bastante inspiradora!

Suas flores são belíssimas e exóticas, inspirando artistas e ilustradores científicos.

Nathaniel Lord Britton (1857-1934) foi um botânico e taxonomista que se dedicou à família dos Cactos. Britton foi o fundador do Jardim Botânico de Nova Iorque e com o botânico Joseph Nelson Rose (1862-1928), publicaram a obra The Cactaceae, com 4 volumes de belas ilustrações (aquarelas) de diferentes espécies de cactos.

A Ilustradora

Em 1911, a ilustradora britânica Mary Emily Eaton mudou-se para Nova Iorque, onde trabalhou no Jardim Botânico da cidade por duas décadas. A grande maioria das placas coloridas nos quatro volumes de The Cactaceae são de Eaton, com outros artistas como Deborah Griscom PassmoreHelen Adelaide Wood e Kako Morita. As composições de Eaton são impressionantes e suas aquarelas são conhecidas por sua nitidez e precisão dos detalhes botânicos.

As placas coloridas são complementadas por desenhos de linhas em preto e branco em todos os volumes, bem como por fotografias em preto e branco de cactos, variando de fotos tiradas no campo a detalhes em close-up. Um revisor contemporâneo chamou The Cactaceae de “a publicação botânica mais suntuosa” desde o livro de  William Rickatson Dykes de 1913, The Genus Iris .

Conheça e se apaixone pelas ilustrações de Mary Emily Eaton.

Acesse os 4 volumes originais nos seguintes links do Carnegie Science:

Volume 1Image File PDF 96 MBOptically Recognized File PDF 35 MB
Volume 2Image File PDF 100 MBOptically Recognized File PDF 35 MB
Volume 3Image File PDF 103 MBOptically Recognized File PDF 26 MB
Volume 4Image File PDF 133 MBOptically Recognized File PDF 24 MB

Ou na Biodiversity Heritage Library (Biblioteca de Herança Biodiversidade).

Cactos no Jardim Didático Maria de Lourdes Barreto

O nosso Jardim Didático Maria de Lourdes Barreto apresenta um setor dedicado aos ambientes áridos com algumas espécies de cactos. Visite os links abaixo para conhecê-los e venha visitá-los.

Cacto Palma. Paulo Henrique Colonese. Acervo Espaço Ciência Viva. Licença CC-BY-NC-4.0.

Se inspire nos cactos para criar suas próprias aquarelas.

Apaixone-se pelos cactos!

Alerta

Alguns cactos ao serem cortados liberam uma seiva branca perigosa, especialmente aos olhos.

A seiva branca pode danificar a córnea dos olhos e irritar a pele.

Caso precise manipular cactos que desconheça, use luvas e lave bem as mãos, evitando coçar os olhos.

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