Murais Marinhos: Faça ondas, não resíduos

Capa: Mural Make Waves Not Waste, de Macallan Durkin. Acervo Sea Walls.

Coleção: Artivismo Oceânico: Murais Marinhos.

Make Waves Not Waste (Faça Ondas, Não Crie Resíduos), por Macallan Durkin. Santa Cruz, Ilhas Virgens dos Estados Unidos.

Vamos conhecer e mergulhar no Mural Faça Ondas, Não Crie Resíduos apresentado pelo Projeto Sea Walls.

Mural Make Waves Not Wast de Macallan Durkin em Frederiksted, St. Croix (Fotografia de Tre’ Packard).

Apresentamos abaixo uma pequena biografia do artista e também a apresentação do mural feito pelo projeto Sea Walls em sua série de cadernos para colorir dos murais selecionados nos oito anos do projeto.

O Artista

Macallan Durkin é bióloga conservacionista, atualmente trabalhando em Sea Turtle Research & Coral Restoration na bela ilha de Santa Cruz, nas Ilhas Virgens dos Estados Unidos.

Além de manter o planeta Terra o mais bonito e saudável possível, ela também adora espalhar beleza com sua arte.

“Desde pequena você sempre me encontrava, ora salvando animais, ora fazendo arte. Agora estou, morando nas Ilhas Virgens, trabalhando na restauração de recifes de coral e conservação de tartarugas marinhas, além de vender minhas pinturas sobre a vida marinha que me inspira todos os dias. Sou muito grata por poder fazer minha parte na conservação dos oceanos enquanto compartilho minha arte com o mundo.”

Fonte: Site MacallanDurkinArt.

Artista com crianças do bairro do mural. Fonte Sea Walls. https://seawalls.org/mural/make-waves-not-waste/#lg=1&slide=2

Veja também a produção de murais e obras de Durkin em suas redes sociais:

Tema do mural: Poluição Plástica e espécies ameaçadas.

Hoje, o oceano e a vida marinha estão enfrentando a ameaça de alteração permanente devido a uma série de fontes de poluição, e o plástico está entre as poluições mais significativas.

O plástico é responsável por 60-80% do lixo lançado no oceano, e em áreas de alta densidade, chega a até 95%.

A realidade é que cada pedaço de plástico que já foi produzido ainda existe de uma forma ou de outra no planeta. Mesmo quando queimado, o plástico se divide em partículas microscópicas e altamente tóxicas. Derivado do petróleo, os plásticos não são um material que o planeta Terra possa “digerir” ou incluir em seus ciclos naturais.

Estima-se que até 2050, o plástico vai superar, em massa, os peixes no oceano.

Fonte: Creative Coloring, SeaWalls. Pangeaseed Foundation.

Tome uma atitude!

Reduza a sua utilização de plástico ao:
• Usar uma garrafa de água reutilizável e evitar bebidas engarrafadas em plástico.
• Trazer sua própria bolsa, copo, utensílios, palha, etc.
• Comprar a granel, reduzindo o desperdício de embalagens.
• Escolher bens reutilizáveis e compostáveis em vez de materiais menos sustentáveis.

Fonte: Creative Coloring, SeaWalls. Pangeaseed Foundation.

Declaração da Artista

Este mural aborda o excesso de desperdício e lixo, especialmente plásticos, que os seres humanos produzem e descartam de forma inadequada. Como os produtos acabam no oceano eventualmente, jogar lixo mesmo em terra pode afetar os oceanos e aqueles que os habitam.

O lixo é quebrado e consumido por muitas espécies marinhas. Isto é, por acúmulo de cadeia alimentar microplástica ou por ingestão direta. Por causa da poluição plástica, espécies ameaçadas de extinção estão em uma batalha difícil pela recuperação, além de muitos outros fatores que vão para o declínio das populações florais e faunais no oceano.
No mural, muitas criaturas no oceano são mostradas, incluindo as espécies ameaçadas, a
tartaruga marinha verde. Os animais e plantas do oceano são representados aqui feitos de lixo. Isso ilustrou o consumo de resíduos plásticos e o efeito que pode ter sobre espécies marinhas. Especialmente com o acúmulo de plástico através da cadeia alimentar. Enquanto um peixe pode ingerir, digamos, três pequenos pedaços e ainda sobreviver, uma tartaruga come cinco desses peixes e pode não sobreviver com quinze pequenos pedaços de plástico em seu sistema.
É hora de fazer ondas de conservação e recursos renováveis em vez de fazer resíduos que
enchem os oceanos da Terra e ferem a bela vida sob o mar.

Macallan Durkin

Fonte: Creative Coloring, SeaWalls. Pangeaseed Foundation.

Vamos conhecer uma espécie ameaçada pela poluição plástica

A Tartaruga Marinha Verde

A Tartaruga-verde, também conhecida como Tartaruga-aruanã (Chelonia mydas) é uma espécie que se encontra:

Tartaruga-verde (Chelonia mydas). Créditos: garint63. In: iNaturalist. Licença: CC-BY-NC 4.0.

Essa espécie está distribuída por todo o oceano, porém possui hábitos mais costeiros. É possível encontrá-las em ilhas ou baías onde estão protegidas, sendo raramente avistadas em alto-mar.

Possuem até 143 centímetros de comprimento e pesam cerca de 230 kg.

É uma espécie altamente migratória. As fêmeas migram das áreas de alimentação e descanso para as áreas de reprodução, em deslocamentos que podem chegar a mais de 1500 km.

Tartaruga-verde (Chelonia mydas). Créditos: Sara Thiebaud. In: iNaturalist. Licença: CC-BY-NC 4.0.

Enquanto as Tartarugas-verde jovens são onívoras, as adultas (25/35cm de casco) tornam-se principalmente herbívoras durante o ciclo de vida.

As Tartaruga-verde possuem quatro pares de placas laterais de queratina de coloração verde ou verde-acinzentadas; marrom com manchas negras e amareladas quando juvenis. Mas ela é chamada assim devido à coloração esverdeada da sua gordura corporal.

Green Sea Turtle Swims Over Great Barrier Reef. Créditos: Amanda Cotton. In: Ocean Image Bank.
Looking down on a green turtle, N’Gouja Reef. Créditos: Gaby Barathieu. In: Ocean Image Bank.

As principais áreas de desova no Brasil são as Ilhas oceânicas de Trindade, Reserva Biológica do Atol das Rocas e Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Há ainda registros de desovas em praias continentais (cerca de 200 ninhos a cada temporada), principalmente no litoral norte da Bahia.

Fontes:

Dica

No Repositório 3D do Laboratório de Design e Seleção de Materiais (LDSM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul você pode visualizar em  3D a Tartaruga-verde taxidermizada do acervo do Museu de Ciências Naturais (MUCIN).

Clique aqui e confira!

Pôster para colorir

Desafio Leitura Visual

Identifique as espécies retratadas no mural e os detalhes plásticos criados pela artista para chamar a atenção para a ameaça dos plásticos às espécies marinhas.

Volumes para colorir (em inglês)

Acesse os 8 volumes com informações de 40 murais para colorir do projeto Sea Walls.

  • Preencha o formulário na página do seguinte link para se cadastrar e receber os 8 volumes dos anos anteriores com 40 murais para colorir, selecionados pela SeaWalls. Acesse o link e preencha seus dados: https://mailchi.mp/pangeaseed/creative-coloring-vol1.
  • Um grupo de artistas em Boston também criou um caderno para colorir com os murais criados por artistas locais da cidade. Acesse em Save Our Seas, Boston, 2021, volume 1.

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