Pedagogia museal: atividades associativas

Capa: Conexões em simetria. Paulo Henrique Colonese, 2022. Licença Dedicação ao Domínio Público.

Texto integrante da Coleção Pedagogia Museal.

Education Toolkit: Methods & Techniques From Museum And Heritage Education

Arja van Veldhuizen

CECA / ICOM – International Committee for Education and Cultural Action

LCM – LANDELIJK CONTACT VAN MUSEUMCONSULENTEN, https://museumconsulenten.nl/

ERFGOEDHUIS ZUID-HOLLAND – https://www.erfgoedhuis-zh.nl/

Link para download (CECA): https://ceca.mini.icom.museum/wp-content/uploads/sites/5/2018/12/2017-10-08_Education_toolkit_-_e-book_EN.pdf

Atividades Associativas

… pensar livremente sobre o que você viu  com base  em  sua própria formação;  um efeito mais duradouro  é alcançado se conexões pessoais puderem ser feitas.

explicação

Os visitantes recebem algo em suas mãos, por exemplo,  cartões fotográficos, slogans/ditados/citações ou um artigo de jornal.   Com base nesse estímulo, eles são convidados a fazer associações com o que veem e observam no acervo patrimonial ou museal.

Pode ser uma associação aberta ou ter uma base/provocação/inspiração com um iniciador/disparador com perguntas concretas.

 Cria-se uma conversação na qual as experiências pessoais são trocadas com base nas  associações dos  visitantes.

variações
  • Encontrar objetos que melhor se encaixam ….
  • Qual música se encaixa melhor com o trabalho X?
  • Ou vice-versa: qual trabalho se encaixa melhor com essa música?
possíveis grupos-alvo

Possível com todos os grupos-alvo.

Cada visitante participa no seu próprio nível.

vantagens
  • Papel ativo e  envolvente/engajado dos visitantes: eles determinam suas próprias associações e as fornecem a si mesmos com base em sua própria formação e nível.
  • Você pode afetar as pessoas diretamente  dessa maneira.
  • Faz uso direto de objetos/áreas do museu.
  • De uso flexível.
  • Relativamente fácil de incorporar.
  • Muitas  vezes é surpreendente o que as pessoas  inventam.
desvantagens
  • Nem todos os membros do grupo querem  esperar para ouvir as reflexões dos outros.
  • Se cada um tiver a sua opinião,  pode ser um processo  longo.
  • Pode caminhar em qualquer direção, o que pode causar confusão.

quando usar
  • Para variedade em uma visita guiada.
  • Como um catalisador para iniciar uma conversa. 
  • Para envolver ativamente os visitantes.
  • Quando os sentimentos desempenham um  papel importante.
  • Pode ser uma atividade muito aberta, mas também pode funcionar como uma atribuição fechada  (certos conjuntos de  cartões para determinado conjunto de objetos, onde uma correspondência ou conexão seja possível identificar facilmente).
fatores de sucesso
  • Quando as associações estão abertas.  Portanto, certifique-se de que a atividade esteja suficientemente aberta para que todos possam trabalhar com  ela.
  • No entanto, não o torne muito aberto.
  • A atividade tem que ser  apropriada para  que as associações possam ser feitas.
  • Um bom facilitador que pode fazer conexões e resumir as associações.

exemplos
  • Encontrar uma pintura na sala que melhor se adapte ao seguinte ditado/citação “X” (pode estar em cartões, cada grupo de dois/três leva um cartão). Por exemplo, qual pintura melhor se encaixa no ditado “As roupas fazem o homem”?  Após a seleção  ter  sido feita,   segue-se  uma  conversa sobre as pinturas no  grupo.
  • Na primeira parte da visita, os visitantes fazem associações descritivas que são depois redistribuídas para o grupo na  segunda parte com todos à procura de uma boa correspondência.
  • Estabelecer associações a partir de descrições ou poemas que outra classe tenha feito para determinados objetos.
  • Um jogo de cartas onde os visitantes levam cartas com atribuições gerais que não são diretamente sobre a  coleção, mas sim incentivam o olhar e a reflexão. Por exemplo, encontre o objeto  mais “feio”, “estranho”, “surpreendente”  nesta sala, que  tipo de  história  o título da  obra  de arte sugere, que objeto você considera feliz/ irritado / tímido? 

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