Pedagogia museal: da atividade à reflexão

Capa: Cerâmica e ferramentas da Grécia Antiga do início da Idade do Bronze. Galeria da Pré-história Grega, Museu Nacional de Arqueologia, Atenas, Grécia. Coleção completa de fotos indexadas em WorldHistoryPics.com. Gary Todd. Flickr. Licença Dedicação ao Domínio Público.

Texto integrante da Coleção Pedagogia Museal.

Education Toolkit: Methods & Techniques From Museum And Heritage Education

Arja van Veldhuizen

CECA / ICOM – International Committee for Education and Cultural Action

LCM – LANDELIJK CONTACT VAN MUSEUMCONSULENTEN, https://museumconsulenten.nl/

ERFGOEDHUIS ZUID-HOLLAND – https://www.erfgoedhuis-zh.nl/

Link para download (CECA): https://ceca.mini.icom.museum/wp-content/uploads/sites/5/2018/12/2017-10-08_Education_toolkit_-_e-book_EN.pdf

DA ATIVIDADE À DISCUSSÃO

… aumento do interesse e insights por meio da execução independente de uma tarefa, onde os resultados são colocados em um contexto mais amplo com a ajuda de um educador/mediador facilitador.

explicação

Combinação de  pesquisa/investigação independente e de reflexão conjunta em uma forma controlada/mediada de diálogos/conversa. Os participantes desenvolvem-se sob supervisão para se tornarem um “especialista” em um  determinado aspecto da visita.

Cada pequeno grupo recebe uma tarefa diferente para localizar e olhar para o “seu” objeto(s) / local com o objetivo de descobrir coisas e tirar conclusões.

Em seguida, o facilitador leva todo o grupo para cada um dos vários objetos/locais indicados. Ela(e) pede ao grupo de cada local para falar sobre suas descobertas.  Desta  forma, cada grupo acrescenta algo diferente.

O facilitador, então, permite que os participantes estabeleçam conexões entre os objetos e o tema na discussão.

variações
  • As atribuições para os objetos / locais são dadas verbalmente.  As tarefas estão no papel.
  • O grau de  estruturação do feedback  solicitado pode diferir de acordo com o grupo.
  • Possivelmente ligação à apresentação de práticas,  por exemplo,  em outra  língua ou para novos cidadãos que aprendam uma segunda língua.
  • O tema para a visita pode ser preparado com antecedência, mas não é  necessário.

possíveis grupos-alvo
  • Aprendizagem formal e não formal (por exemplo, durante um curso).
  • Para os grupos-alvo educativos, os alunos devem poder trabalhar de forma independente e  apresentar relatórios,  por conseguinte, na prática, particularmente adequados para  os alunos do Ensino Médio e para crianças  nos anos finais do Ensino Fundamental.

vantagens
  • Bem adequado para a aprendizagem por descoberta.
  • Os visitantes desempenham um papel  ativo, eles podem influenciar diretamente o curso da  visita.
  • Através do uso de técnicas  ativas,  pode deixar uma impressão  duradoura.
  • O efeito ideal  pode ser alcançado através da implantação correta dos objetos/locais.
  • Objetos/lugares desconectados são  reunidos como resultado do  papel de conexão do facilitador.
  • Preparação nem sempre necessária.
desvantagens
  • Exige uma certa concentração dos visitantes.
  • Fazer relatos em um local público é uma habilidade difícil para alguns.
  • Aprender a saber ouvir e condições físicas para ouvir (acústica): Se os membros do grupo não  ouvirem uns aos outros, a transferência de informações falhará.
quando usar
  • Este método é particularmente adequado para comparar objetos / lugares,  por exemplo, um  tema, um  período ou  um artista.
  • Funciona bem se a cooperação for importante.
  • Funciona bem para  as faixas etárias  mais elevadas no ensino médio, para  lidar com a  independência e  para o papel  de investigação.
fatores de sucesso
  • O supervisor ser um bom facilitador, criando um ambiente seguro, estimulando os visitantes e fazendo conexões. 
  • Quanto mais forte for a relação entre a ‘mini-pesquisa’ dos  subgrupos, mais bem-sucedida  será a técnica.
  • Para grupos educativos: estabelecer relação com  materiais didáticos na escola.

exemplos

Programa de vasos  antigos  em um museu de  antiguidades, com  cada grupo estudando vasos de diferentes culturas usando questões  específicas com base no olhar, incluindo a maneira precisa como os seres humanos são retratados.   Durante a caminhada conjunta depois, cada grupo mostra o que descobriu sobre seu vaso. Então, como discussão, todos os vasos são comparados por aspectos  como forma,  material,  cor, modo de produção,  representações, etc.

Intercâmbios Internacionais (Escolas do Ensino Médio): os estudantes da escola  que são convidados e os alunos  da escola anfitriã se misturam  em grupos para trabalhar juntos.

Estudantes que estão aprendendo uma língua estrangeira usam o patrimônio tangível para aumentar seu vocabulário.  Através da tarefa e,  em seguida,  discutindo suas descobertas juntos, eles praticam a conversação e diálogo.

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