Ángela Vallvey, Espanha, 16.02.2004. Poesía Matemática, Madri+d.
EL MATEMÁTICO IMPERIAL (O Matemático Imperial)
Tycho Brahe Tycho Brahe
Soy un observador, tomo nota del cielo, Sou um observador, tomo notas do céu,
¿Qué es?, ¿también él siente y titubea?, O que é isso? Ele também sente e hesita?
¿qué lumbre dio calor al corazón Que chama aquece o coração
de la materia?, ¿qué claridad abriga lo remoto? da matéria? Que clarão abriga o remoto?
No, no tengo miedo de la noche, Não, não tenho medo da noite,
ami mirada, de números que flotan Ao meu olhar, números que flutuam
en la niebla de Uraniburg. Mis nieblas na névoa de Uraniburgo. Minhas névoas.
entre Elsinor y Copenhague, entre Elsinor e Copenhagem,
rodando como frutos que el rocío le impone girando como frutos que o orvalho impõe
al mapa que dibujo de este cielo invisible. ao mapa que desenho deste céu invisível.
Nieblas y lentes, lluvia rumorosa, Névoas e lentes, chuva ruidosa,
vino añejo y hermosos mundos… um vinho envelhecido e mundos formosos…
¿de qué color, qué auroras? De que cores? Com que auroras?
Yo los pinto lo mismo que si fueran Eu os pinto como se fossem
girasoles o niñas, girassóis ou meninas.
o tuvieran un cuerpo y esperanza, Ou tivessem um corpo e esperança
como como
si ellos también me amaran. se eles também me amassem.