Criando uma mini “Ilha da Frescor” para interiores

Imagem: arquivo pessoal de Giovanna Pelliccione

Se você aprecia plantas e gosta de fazer uma arte, esse é lugar certo!!
Os terrários são minijardins onde cultivamos algumas espécies de plantas simulando seu ambiente natural.
Eles ficam lindos em potes de vidro, potinhos de iogurte, copinhos de plástico, que podem ser reutilizados.

Faça essa combinação: junte sua criatividade com diversos potinhos, plantinhas suculentas com cores, tamanhos e texturas diferentes. Enfeite com pedrinhas coloridas, cascalho, areia ou com o que você imaginar.

Fizemos um terrário bacana e queremos te ensinar como fazer o seu.
Crie com carinho e dê presente para alguém bem querido! Aposto que vai adorar!

Nossa colaboradora, Giovanna Pelliccione,  gentilmente  preparou este tutorial para explicar o passo-a-passo na construção de um mini-terrário! Olho no vídeo e mãos à obra!

Suculentas? Mas que nome é este?

As suculentas, são plantas originárias de clima desértico, que  têm a capacidade de  acumular água em seu interior e que representam um subgrupo dos cactos (família Cactaceae).

Atenção! Lembramos que todo cacto é uma suculenta, mas nem toda suculenta é um cacto!

Este grande grupo de plantas, é conhecido por ter estratégias eficientes para sobreviver em ambientes bastante secos, como os desertos.  

Exemplos de estratégias? Vamos lá!

O caule de muitas espécies de suculentas, possui um tipo especial de cera, que faz com que a água de sua transpiração não se espalhe demais e evapore. Pelo contrário! As gotinhas escorrem para o solo, onde são reabsorvidas pelas raízes, em um ciclo constante, a mantendo viva.

Outra adaptação dessa plantinha, é a capacidade de acumular água em seu interior,  o que assegura sua sobrevivência durante muito tempo, sem nenhuma chuva. Uau!!

E vejam na fotografia os espinhos que algumas suculentas possuem? Para que servem? Somente para nos espetar? Na verdade, os espinhos protegem a planta tanto contra a herbivoria, como também na diminuição da transpiração, evitando a perda excessiva de água para o ambiente.

Foto de Olena Shmahalo em Unsplash

São plantas belíssimas, que vivem bastante quando bem cuidadas. Possuem fácil propagação e seu cultivo é bem simples. Mãos à obra pessoal!!

Leia mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-o-cacto-sobrevive-no-deserto.

Inspire-se com suculentas!  Pequenas no tamanho, mas grandiosas para sua criatividade!!!

Foto de Olena Shmahalo em Unsplash

Exemplos de suculentas populares e representativas na alimentação, uso medicinal e na cultura. Vocês conhecem?

Arquivo pessoal de Tânia Goldbach

Espada -de -São -Jorge (Sansevieria guineenses)

Essa é a famosa espada-de -São Jorge (Sansevieria guineensis), que pode ser cultivada em vasos, no sol ou na sombra. Por ser proveniente da África, resiste bem à solos áridos.

Os supersticiosos, acreditam que esta planta traz felicidade e fartura a quem a cultiva. Será?opularmente, também é conhecida por ter eficácia contra o reumatismo, porém, não se deve usar esta planta para fins medicinais ou domésticos, pois trata-se de uma planta muito tóxica. Se ingerida provoca sintomas que variam desde edema e irritação da mucosa, até asfixia e morte, sempre causando dor intensa. Meia folha é o bastante para matar um Ser humano. Por isso, quem tem animais domésticos ou crianças em casa, deve evitar essa suculenta como decoração!


Ora-pro-nobis  (Pereskia aculeata)

Típica da região Sudeste, principalmente em Minas Gerais, é comum observar ora-pro-nobis plantadas nos quintais das casas e nas cercas vivas de sítios e chácaras. Esta suculenta surpreende pelo seu delicioso sabor, peculiaridade que encanta as pessoas e é usadapela gastronomia de toda região.

Suas características são bastante conhecidas por pessoas que vivem nas zonas rurais, e as cultivam nos quintais como remédio e alimento!  É conhecida por lá, como “bife dos pobres”, devido à seu alto teor de proteínas.

Arquivo pessoal de Tânia Goldbach

História do nome: sempre é bom conhecermos!

Existem várias histórias que explicam o nome – ora-pro-nobis – desta suculenta tão especial!! Uma delas conta que uma grupo de escravos fugitivos, após muitas horas de intensa caminhada pela mata, e com muita fome, encontraram um arbusto com folhas tenras, que os convidava a colocá-las na boca e mastigar, pois pareciam saciar a fome e a sede ao mesmo tempo.

Assim, mesmo com medo de envenenamento, por não conhecerem a planta, começaram a comê-la. Enquanto comiam, rogavam aos céus:  “orem por nós!!”,pedindo para que  a planta não fosse venenosa. Que sorte a deles, ela era perfeita. Bem alimentados, conseguiram alcançar o quilombo que os salvaria. Nos dias de hoje, a ora-pro-nobis, é degustada em diversos pratos mineiros, e apreciada nos melhores restaurantes! Deu vontade de experimentar, não é?


Arquivo pessoal de Tânia Goldbach

Babosa (Aloe vera)

A Babosa ou Aloe vera é uma suculenta, com forma herbácea (=plantas de caule macio), adaptada à escassez de água, que  tem sido utilizada há muito tempo como medicamento. Nos dias de hoje, é reconhecida mundialmente, por produzir substâncias com ação antiinflamatória, bactericida, e desintoxicante para o organismo humano.


No Jardim Didático do ECV temos outras suculentas majestosas, que não são tão pequenas para ser cuidadas em terrário, mas fazem parte do nosso canto denominado AMBIENTES ÁRIDOS, representando um, dois biomas brasileiros

Arquivo do ECV

Cacto-candelabro (Euphorbia trigona)

O Cacto-candelabro (Euphorbia trigona) é bem interessante, além de desengonçada, é reconhecida popularmente como cacto,  porém pertence à outra família, a das  Euphorbiaceas, que não é composta por cactos, mas apresenta folhas e espinhos na sua composição. Ocorre em todas as regiões do planeta, da zona temperada à tropical, mas não tolera geada, nem umidade. Esta espécie,  utilizada principalmente como ornamentação, está no Jardim Didático do ECV.

Leia mais: https://cienciaviva.org.br/index.php/2019/06/05/cacto-candelabro/


Arquivo do ECV

Piteira-azul (Agave americana)

A piteira-do-caribe é uma suculenta, típica das regiões desérticas mexicanas, perfeitamente adaptada à condições extremas de seca. Cultivada originalmente pelo antigo povo Nahuatl para a produção do pulque, bebida fermentada, muito apreciada pelos mexicanos. Famosa no mundo também por produzir o mezcal, outra bebida típica do México, feita através da fermentação do sumo do agave. Do mezcal destilado,  é que se produz a famosa tequila, bebida de alto teor alcoólico, difundida pelo mundo.

Leia mais: https://cienciaviva.org.br/index.php/2019/06/05/agave-a-planta-da-deusa-asteca-mayaheul/

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